quarta-feira, 13 de julho de 2016

Ano da Misericórdia
Praticar as obras de misericórdia
Lembramos o importante sentido da peregrinação nesse Ano Santo, como expressão da nossa própria vida e como jeito de ser igreja, como povo de Deus peregrino. Recordávamos ainda que o perdão e a gratuidade são lugares de passagem obrigatórios.
Esse Ano da misericórdia nos convoca ainda a contemplar o rosto do Cristo, sofrido e abandonado nas pessoas que estão nas periferias sociais e existenciais de nosso tempo. O nosso modo de viver, influenciado pelo capitalismo, é individualista, apegado e inseguro. Não nos enganemos! Essa é a espiritualidade que o sistema capitalista exige: competição e acúmulo. Por isso crescem assustadoramente a violência e os extremismos. Anestesiados na indiferença temos dificuldade de perceber o sofrimento das pessoas, por vezes bem próximas de nós. “Quantas feridas gravadas na carne de muitos que já não têm voz, porque o seu grito foi esmorecendo e se apagou por causa da indiferença dos povos ricos. Em cada um destes mais pequeninos está o próprio Cristo (MV, 15)”.
Inspirado nessa passagem e numa tradição antiga da espiritualidade cristã, o papa Francisco propõe ao povo cristão assumir as obras de misericórdia corporais e espirituais.
Exemplos das primeiras são: dar de comer aos famintos, acolher os peregrinos, visitar os presos, enterrar os mortos. Obras espirituais são: aconselhar os indecisos, ensinar os ignorantes, consolar os aflitos, perdoar as ofensas, suportar pessoas de difícil relacionamento, rezar a Deus pelos vivos e mortos.

Nesse contexto, recuperemos a simplicidade da vida e os gestos de misericórdia, pessoais e comunitários. Não nos esqueçamos das perguntas que o Senhor nos fará no juízo final: estive com fome, com sede, nu, preso, doente, estrangeiro, e me destes de comer, beber, me visitaste e me acolheste! (Cf. Mt 25, 31-45).
A vida moderna se tornou burocrática e sem sentido. As boas obras nos salvam da frieza e do distanciamento a que somos quotidianamente tentados a viver das pessoas. Relacionamentos intensos e verdadeiros na vida de comunidade nos ajudarão no caminho de saída das seguranças e da zona de conforto. Ao entardecer desta vida, examinar-nos-ão no amor, nos ensinou São João da Cruz.
Qual obra de misericórdia você pode assumir como compromisso nesse Ano Santo? E na sua comunidade como elas estão acontecendo?

Pe. Márcio Martins Rosa

Paróquia Cristo Redentor – Caçador/SC

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