Instrumento de Trabalho utilizado na Assembleia Diocesana de Catequese - 28 de outubro de 2012 - Castelhano
Assembleia
Diocesana
Catequese
“Coragem,
levanta-te! Ele te chama!” (Mc 10,49)
Contatos: E-mail: catequesecacador@gmail.com
Bolg: catequesecacador.bolgspot.com
Relatório
Geral
1)
Como é o
trabalho da catequese com as famílias dos catequizandos?
O material de Iniciação Cristã para os pais é usado? Como?
Quanto ao envolvimento das famílias na
catequese percebe-se dificuldades, avanços e desafios:
Dificuldades em relação à
fraca participação dos pais, ao não uso do material para a iniciação cristã,
muitas críticas à catequese, devido a distâncias entre as casas e a Igreja, a
participação é fraca, tenta-se chamar o padre para participar das reuniões,
participa-se quando é obrigado, Falta de praticar a fé na família e compromisso
com a comunidade, maior encantamento pelas coisas do mundo (com as novas tecnologias
de comunicação) que pelas de Deus, a mídia coloca novos valores, católicos
mudando de religião, comodismo, desânimo, omissão, falta de tempo para Deus e a
catequese, a catequese acontece por tradição, rotina e obrigação, falta amor,
interesse e dedicação, materialismo, divisões por motivos políticos, falta de
formação sobre as idades, religiões, projeto de Jesus e outros assuntos,
espiritismo, não se ensina em casa as questões básicas da fé, problemas
familiares diversos, o material não é utilizado em diversas paróquias (não há o
material na paróquia), famílias que moram muito longe.
Avanços: acontece um
trabalho com as famílias, nas casas, acontecem reuniões e encontros com pais,
os encontros da iniciação cristã, há pais que assistem a catequese, o roteiro é
usado, tem pais que participam da limpeza da igreja, muitos demonstram
interesse pela formação cristã dos filhos, as visitas aos catequizandos,
celebrações na comunidade, maior valorização dos catequizandos por seus pais e
acompanhamento do padre, comenta-se nos cultos sobre a importância da família
na catequese, maior entendimento do projeto de Jesus, encontros celebrativos
com os pais, trabalho participativo com as famílias, participação dos pais nos
encontros, celebrações e grupos de reflexão, reuniões bimestrais com os pais,
usa-se o material da diocese de forma dinâmica e participativa em alguns
locais, para os pais usa-se apenas a bíblia em alguns casos e em outros também o
álbum catequético litúrgico, surgimento
de lideranças, maior entendimento da organização da Igreja nos vários níveis,
estudos da Palavra e compromissos: fé e vida, deu-se inicio a iniciação cristã,
visitas as famílias e envolvimento dos pais com tarefas, acontecem debates e
diálogos sobre a catequese que os pais tiveram no passado e outros assuntos,
convida-se assessores tais como casais da pastoral familiar para dar palestras
ou auxiliar no trabalho, formação com as familiar para estudar o material da CF,
almoço para famílias no dia da primeira eucaristia, equipe de coordenação da
catequese paroquial, retiros, uso de vídeos e palestras, confraternização,
procura-se manter contato com os pais por meio de bilhetes, telefonemas e
outras tarefas.
Desafios: em certos
locais ainda não há o material da Iniciação cristã, resgatar as reuniões com os
pais, catequizar os pais, capacitar pessoas (padres e leigos) para a formação
também dos pais, falta de evangelizadores, época de mudanças com desprezo da
moral e da ética (aborto, nada é pecado, tudo é descartável), os jovens se
afastam da igreja após receber o sacramento da crisma, maior participação dos
pais e das famílias, não é utilizado o material da diocese nos encontros com os
pais, realizar uma catequese antes com os pais e depois com os seus filhos,
trabalho mais efetivo com as famílias, reanimar para os valores do sagrado,
acontece apenas uma reunião com os pais no inicio do ano, falta de recursos
visuais, procurar conhecer melhor os pais.
2) Como são as
formações oferecidas em sua Paróquia, conteúdo, frequência, participação? Vocês
já participaram de alguma formação sobre a iniciação à vida cristã?
Quanto ao
conteúdo e assessorias: conteúdos ótimos ou bons, diversificados, bem
planejados, repassados com clareza; assessores diocesanos bons, muito conteúdo
para pouco tempo, assuntos repetidos, conteúdos atuais, linguagem simples, com
temas relacionados à evangelização,
Quanto ao
processo formativo, modalidades formativas, instâncias, material e metodologia:
boa
interação entre assessoria e participantes, deveria ser mais permanente,
participação na EFAP, escola catequética, Cursilho, escola Bíblica, a formação
acontece a nível de: Microrregião, Paroquial e Diocesano, começa em casa com a
bíblia, existe formação nos vários níveis, há formação na comunidade e se
participa também nas comunidades e municípios vizinhos, a atuação na catequese
é também uma formação, as formações são contínuas/permanentes, falta de
material, de apostilas para aprofundar os estudos após os encontros ou cursos,
Jornal fonte tem ajudado, as formações foram muito importantes para a vida
cristã, empenho de alguns padres em preparar, adequadamente as lideranças, para
o serviço e a missão, valoriza-se a realidade, a esperança, a palavra de Deus,
ajudam a germinar a semente, fortalecem a fé, a experiência e o amor a Deus, é
oferecido formação em nível de microrregião, há catequizandos que continuam
atuando na comunidade (depois da crisma), e certos casos conta-se com apoio do
CPC a crianças carentes e, percebe-se a presença de mães junto à catequese.
Quanto à
participação dos catequistas: em geral a participação é boa, mas em
várias paróquias é fraca, boa parte dos catequistas participam dos espaços de
formação oferecidos e em geral são muito bons, mas esses espaços geralmente são
poucos e falta processo, continuidade, contemplasse a vida, a natureza, o
testemunho de pessoas, o exemplo dos antepassados, Jesus é visto como modelo de
vida doada, participam de reuniões paroquiais, de formação litúrgica,
Quanto à
formação sobre IVC: houve
e muitos catequistas participaram, boa participação nos encontros sobre
iniciação à vida cristã, o curso sobre IVC com os padres foi muito vago, existe
uma biblioteca que empresta livros, a Iniciação à Vida Cristã é trabalhada
constantemente nas formações,
Problemas, necessidades e desafios em relação à
formação: Acumulo
de funções das lideranças atrapalha a participação nas formações, Falta de
transporte deixa a desejar a participação nos encontros (Interior), Deveria ser
mais seguido, ter material de resumo e atividades, não há formação em algumas
paróquias, nem todas as catequistas participam dos momentos de formação, nem
todos os que trabalham com a catequese ofereceram boa formação, falta
divulgação e informação, Acumulo de funções das lideranças atrapalha a
participação nas formações, deveria haver mais cursos ou momentos formativos,
falta formação, o curso da paróquia é muito fraco, As formações deveriam ter
mais conteúdo para a Catequese; falta praticar a fé na família e comunidade, a
tradição perde espaço para as coisas do imediato, as tecnologias substituem e
competem com os ensinamentos da fé da igreja, comodismo, falta salas (espaço)
para catequese, falta compromisso, tempo e atenção dos catequizandos para Deus,
pede-se novos assessores, existe, mas deveria ser maior o incentivo e apoio dos
padres e dos pais aos catequistas e coordenadores, os materiais são recebidos e
repassados sem formação.
3) Na comunidade existe uma equipe de coordenação da
catequese?
Existe, com algumas exceções, nas
comunidades e nas paróquias, há casos em que o coordenador é o pároco ou há
apenas uma pessoa responsável, pede-se para haver uma equipe de coordenação e
não apenas uma pessoa, em alguns casos já há uma equipe de coordenação
paroquial formada por catequistas coordenadores de comunidades, diversas comunidades
caminham sozinhas.
3.1 E a
coordenação paroquial auxilia na missão catequética da comunidade?
Auxilia sim, com raras exceções em que
não auxiliam, existe apoio de paróquias, padres, irmãs, coordenações às
comunidades, a coordenação paroquial oferece encontros de formação, incentiva,
visita as comunidades, há casos em que as catequistas das comunidades pedem
maior apoio e presença da coordenação paroquial. O auxilio acontece mais em
termos de fornecimento de materiais, incentivo, formação, reunião com pais,
renovação da catequese, repassando informações, o dia do catequista é lembrado,
álbum catequético, apoio do CPC, celebrações bem preparadas, grupos de
reflexão.
4)
Quais materiais
além dos roteiros são usados na catequese (Jornal Fonte, Jornal Missão Jovem,
cartilhas, livretos, material multimídia etc...)?
Dentre os
materiais mais utilizados citados tem-se, por ordem preferência, o mais usado é
o Jornal fonte, em seguida aparece a Bíblia e o Missão Jovem. Em diversas
catequeses usa-se também o material dos grupos de reflexão e da CF, o álbum de
figurinhas e a revista ecoando também são usados em vários locais, o rosário e
a reza do terço, roteiros, antigos e material de outras dioceses. Ainda são
usados diversos tipos de recortes de jornal, revistas, textos e orações
encontradas na internet, CDs, cantos, mensagens, peças teatrais, livro de
dinâmicas da catequese, revistas, sites católicos, cartazes e gravuras/fotos,
violão, aparelhos de som, palestrantes, folheto de missa, Padre Reginaldo,
catequese animada, dízimo mirim, catecismo da Igreja, elementos da natureza,
filmes, cartilhas, etc.
5)
Que elementos
vocês consideram importantes para a melhoria dos roteiros de catequese?
- em geral avalia-se que os
roteiros estão bons, todavia uma das maiores insistências é aprofundar mais a
realidade atual (vida rural, história das comunidades, realidade das crianças e
famílias...), com experiências da vida em forma de histórias, com conteúdos
mais aprofundados e de fácil compreensão, mais práticos;
- Outra insistência situa-se na questão
metodológica. Pede-se mais dinâmicas, mais criatividade para envolver mais os
catequizandos (não somente na catequese mas também na comunidade, nas
celebrações), mais atividades lúdicas, teatros, gincanas, caça-palavras,
técnicas que envolvam a família e levem à maior envolvimento nas celebrações da
comunidade, que levem à oração em família e à sensibilização da família para a
participação na Igreja, CDs e DVDs com músicas, vídeos, Álbuns catequéticos,
passeios, visitas aos doentes, mais ilustrações, linguagem mais adequada à
faixa etária, Auxiliar o trabalho de infância missionária e dimensão
missionária da catequese, Criar um personagem nos roteiros que “cresça” com as
crianças, desde a pré-eucaristia até a Crisma; Exposição de trabalhos: feira da
catequese, ter um dia da família da catequese, uma hora por encontro é muito
pouco, separar escola e catequese,
- outra insistência está no campo
da espiritualidade e bíblia. Colocar Jesus no centro, mais orações e
espiritualidade, datas especiais da Igreja e tempos litúrgicos, cruzadinhas
bíblicas, mais assuntos religiosos e não tanto sobre a vida cotidiana, assuntos
que levem o catequista a ouvir o Espírito Santo, ler mais a bíblia, difundir a
fé, com as orações no final de cada roteiro, incluir em um roteiro os
mandamentos da Igreja; cantos, aprofundar/destacar mais os sacramentos,
conteúdos sobre iniciação à vida cristã,
Outra sugestão está ligada à
formação e ao acompanhamento por parte dos catequistas. Pede-se material
específico para os catequistas, para os encontros com pais e comunidade.
Enfim, falou-se também na
necessidade de preparar bem os catequistas no uso do material disponível e em
relação à metodologia do trabalho catequético; da Catequese permanente através
dos cultos, celebrações e encontros; e roteiros direcionados ao mesmo tempo
para pais e crianças.
PERGUNTAS DA
CELEBRAÇÃO
a)
Quais situações
em nossa catequese impedem que ela faça “seguidores de Jesus Cristo”? Quais são
nossas maiores cegueiras e dificuldades?
Em primeiro lugar, os maiores problemas aparecem em
relação à vida familiar e em questões de ordem sociocultural:
Pede-se de
maneira generalizada uma conversão dos pais e das famílias. Muitas são as
críticas em relação à ausência, descompromisso, falta de compreensão,
responsabilidade, entendimento, motivação, comodismo, falta de participação da
igreja, falta de incentivo dos pais aos filhos e à catequese. Falta o exemplo
dos pais, muitas famílias estão afastadas da igreja e indiferentes em relação à
fé. O individualismo, o comodismo, a desmotivação, dominam muitos pais,
catequizandos e até mesmo catequistas. A TV, a internet, e outras mídias geram
outros atrativos, prioridades e interesses e levam à idolatria e ao abandono da
religião. A diversidade religiosa que muitas crianças enfrentam em seus lares,
dificulta a transmissão e a vivência da fé católica. A catequese deve começar
mais cedo, pois com 10 anos a criança já está com a mente avançada para as
coisas do mundo; os costumes estão mudando e as tradições tem dificuldade em
continuar. O mundo atual apresenta diversas ofertas: televisão, computadores,
futebol, festas...
Em segundo lugar aparecem os problemas relacionados
ao ser, às pessoas, aos valores humanos, à fé:
Aqui aparecem
diversos pecados (capitais) que atrapalham o seguimento de Jesus, que
dificultam o serviço catequético: inveja, orgulho, egoísmo, ganância, preguiça,
maldade, a sede do ter e do poder, o comodismo, desânimo, desmotivação, a
indiferença em relação a catequese e em relação às pessoas que estão afastadas,
a Deus e a fé, o não cultivo de valores humanos e religiosos. Preconceito, o
medo, a timidez, a “falta” de tempo, de compreensão, de sensibilidade (do
coração) são outros elementos que atrapalham o seguimento de Jesus. Lembrou-se
também que não deve ser a maior preocupação o número de catequizandos
(quantidade), com datas, roteiros... e sim, olhar para o coração de cada criança
ou jovem e procurar catequizar não apenas as crianças ou jovens consideradas
“bons”, aqueles que não incomodam, deixando de lado aquelas que “dão
problemas”, pois é necessário dar uma atenção e amor muito maior justamente
para estas.
Em terceiro lugar aparecem problemas relacionados a
questões institucionais, estruturais e internas da Igreja, bem como de
compromisso, ação e metodologia:
Vários problemas
foram citados relacionados a questões institucionais, estruturais e
relacionados diretamente com a Igreja: Há pessoas, catequistas, que abandonam a
Igreja, não querem assumir compromissos, sentem a falta de apoio no seu
trabalho, há também outras lideranças que sentem falta de auxilio. Percebe-se
que muitas pessoas participam da catequese não por causa da consciência da sua
importância, mas por obrigação, imposição ou por tradição. Outro problema é a
falta de catequistas. Percebe-se também a falta de espaços ou oportunidades de
participação para famílias e lideranças na Igreja, nas celebrações. Faltam
também testemunhas no autêntico seguimento de Jesus. Percebe-se também a falta
entrosamento nas pastorais e movimentos; dificuldades de aceitar as mudanças
necessárias e buscar o novo; a catequese é ainda é muito formal, muito teórica
e pouco prática, pouco dinâmica, envolvente e missionária; enfim, a falta de
interesse, motivação e participação dos catequizandos na vida de comunidade
parece ser um dos maiores problemas que atrapalham o seu próprio processo de
educação na fé.
Foram citados
também outros problemas relacionados à formação e à aprendizagem, tais como a
falta formação para catequistas ou seja de catequistas preparados, falta de
conhecimento bíblico; crianças que tem dificuldade de aprender, de ler, a
televisão e o celular que desviam as atenções das crianças, e acomoda as
pessoas. Falta de participação nos encontros de formação da catequese, falta de
conhecimento da vida de Jesus; falta de material formativo para catequistas.
Percebe-se
também dificuldades relacionadas à convivência, divisões entre as pessoas, a
não aceitação dos outros; dificuldade de perdoar, desunião, críticas, mentiras,
injustiças e falta compreensão e entrosamento.
b) O que nos tem dado esperanças na caminhada
catequética? Que fatos nos encorajam, alegram, animam?
As esperanças e
alegrias da caminhada catequética aparecem em primeiro lugar na medida em que
os catequizandos (também depois de crismados) assumem trabalhos, pastorais e
participam da caminhada da comunidade de fé (nas celebrações, na vida da
comunidade...), quando se percebe que acontece um crescimento deles na fé, na
esperança e no seguimento de Jesus Cristo, amor pelas coisas de Deus, a
frequência na Infância Missionária, participação no coral, no teatro, a
participação e a liderança na Igreja dos jovens que passaram pela catequese, o
fortalecimento dos grupos de reflexão, dos terços e orações nas casas,
catequizandos resgatados, catequizandos que se tornam catequistas, a comunidade
mais unida e o povo evangelizado, a importância da celebração dos sacramentos.
Em segundo lugar
aparece a importância dos avanços e do contato pessoal com as crianças, as
relações humanas estabelecidas na catequese, a amizade, o amor, a alegria de
ajudar no crescimento da fé da criança, a importância da doação, da
solidariedade, de servir à Igreja e ao projeto de Deus, de perceber pequenas
mudanças no processo de educação da fé, a participação das crianças nos
encontros, a aprendizagem dos valores, desperta-se o interesse por uma
sociedade melhor, a perseverança, a dedicação dos catequistas, a amizade entre
eles, perceber a superação alcançada por uma criança "especial, os bons
encontros setoriais e momentos ou processos formativos como a escola
catequética.
Em terceiro
lugar aparece o apoio dos pais, da coordenação paroquial e dos padres à catequese
(catequizandos e catequistas), a participação e colaboração dos pais e
famílias.
c) E a nossa comunidade: de que forma tem colaborado
para que os nossos catequizandos encontrem-se com Jesus? Como as demais
pastorais têm participação da catequese?
A maior parte
das respostas afirmam que a comunidade colabora para que os catequizandos se
encontrem com Jesus, ao participarem das missas, liturgias, procissões,
novenas, grupos de reflexão, reza do terço e celebrações diversas, nas quais
eles também são convidados a colaborar de alguma forma, com leituras, cantos...
Em geral as
comunidades também valorizam os catequistas, tem pessoas que dão bom exemplo,
incentivam, repassam conhecimentos, acolhem as crianças, dão apoio, oferecem
encontros de formação, convidam para reuniões, dão espaço para as crianças,
chamam para reuniões, realizam encontros, vivenciam os sacramentos, zelam pelo
ambiente, preparam os catequistas, cuida-se com a questão dos horários para
melhorar a participação, oferecem teatro,
Percebe-se que
em muitas comunidades não há colaboração para com a catequese, a comunidade não
se envolve, não ou pouco apoia, há desanimo da vida comunitária, fofocas, falta
aprofundamento para os catequistas e união destes com as demais lideranças
comunitárias.
Quanto às demais
pastorais percebe-se que a integração com a catequese é fraca, muitas
comunidades não tem pastorais; as mesmas não trabalham em comunhão; algumas
afirmam haver maior ligação da catequese com as pastorais familiar, litúrgica e
com os ministros da eucaristia; citou-se também a colaboração da Legião de
Maria e da Pastoral do Dízimo; os Grupos de reflexão oportunizam a participação
das crianças; também falou-se de tentativas de um trabalho articulado com a
pastoral da juventude.
Lembrou-se ainda
que a catequese ajuda as outras pastorais, sempre busca estar inserida na vida
comunitária. Os catequistas buscam ser amáveis, carinhosos com os catequizandos
para que eles experimentem o amor de Jesus, pois muitos não tem carinho em
casa.
d) Há alguns anos, a Diocese de Caçador assumiu a
Iniciação a Vida Crista como processo catecumenal para que haja uma
evangelização mais eficiente eficaz, e que os catequizandos realmente
“abandonem os mantos” e se aproximem de Jesus. Como temos nos esforçado para
conhecer esta proposta e abrir nosso coração a esta mudança? Como poderemos
agora ir nesta direção (como Igreja, como paróquia, como comunidade?
Em geral as
afirmações indicam que houve esforços nessa direção da IVC. Aconteceram
encontros de formação a nível paroquial e de microrregião; procurou-se conhecer
a proposta..., mais ainda falta muito para efetivar esse projeto da iniciação
cristã. Algumas afirmações também falaram da resistência às mudanças, da falta
divulgação e incentivo das paróquias; de que não conhecem o assunto, de que
faltam motivações e interesse, mas também há um certo consenso de que o projeto
é bom e necessário.
A grande maioria
das respostam apontam para a questão de como melhor caminhar nessa direção,
nesse sentido, destaca-se fundamentalmente a necessidade de um maior
conhecimento do projeto, mais formação para catequistas, estudo do Doc. 97,
mais envolvimento dos jovens, incentivo maior para a participação nos
movimentos comunitários e nas pastorais da Igreja, Não desanimar no anuncio de
Jesus, mais leitura bíblica e acreditar no projeto de Jesus Cristo, participar
mais ativamente dos encontros de formação oferecidos pela paróquia e diocese,
ir ao encontro das famílias para sensibilizar e explicar o projeto, atualizar
os roteiros nos moldes da Iniciação Cristã; ocupar os meios de comunicação
disponíveis, rezar mais, realizar mais encontros de estudo, reflexão e
socialização do projeto, palestras, falta assumir esse compromisso, que é preciso
ter mais força de vontade, coragem e ousadia, criar página na internet para
divulgar e animar, falar nos cultos e missas, a iniciação à fé passa pela
iniciação ao amor fraterno, pela participação na vida comunitária, pelo
compromisso com a fé e a vida de igreja e, portanto, pela organização do CPC,
dos ministérios, das pastorais, dos serviços de caridade, dos grupos de jovens,
pela realizações de boas celebrações,
desenvolver a espiritualidade da gratuidade, da disponibilidade, da
partilha e do serviço aos irmãos mais necessitados. Também é preciso Sentir a
alegria e a responsabilidade de construir em união com os outros o Projeto de
Deus, bem como comprometer-se com Jesus Cristo no serviço da comunidade cristã.
A família é o berço da fé. A família é de suma importância na formação inicial
dos catequizandos, mas para que isso aconteça da melhor forma possível é
necessário que haja harmonia entre Igreja e Família. Para que se torne
realidade é preciso que pais e responsáveis aprendam o verdadeiro sentido da Fé
em Jesus Cristo. É necessário catequizar a família também. Promover a união
entre todos dentro da Igreja, é trabalhar desde cedo os ministérios existentes
com os catequizandos, para que conheçam a aprendam a respeitá-los e
implantá-los, para que depois que finalizarem a catequese da Crisma, sintam-se
membros ativos da comunidade, e zelem pelos movimentos, pastorais e
ministérios, e encaixem-se conforme o dom que o Espírito Santo os cumulou. É
necessário colocar em prática a palavra irmãos, para que sempre aprendam
trabalhar em equipe, para o bem comum. Perceber os erros é o primeiro passo
para a evolução.
e) O que podemos fazer diferente para que a nossa
catequese leve cada vez mais os catequizandos a seguirem Jesus Cristo
realmente? O que fazer para que a nossa comunidade se encante mais pela
catequese?
Percebe-se que o
foco das sugestões volta-se mais para os pais, as famílias e a comunidade.
Quando as famílias participam da comunidade, das celebrações, dos grupos de
reflexão, das pastorais e estas coisas estão bem animadas e organizadas na
comunidade então a catequese também consegue realizar uma boa caminhada. O
interesse maior está em fazer os pais se interessarem pela igreja, em
participarem e apoiarem a catequese, os catequistas e os catequizandos serem
inseridos na vida da comunidade, dando-lhes responsabilidades, funções, abrindo
a eles a possibilidade de participar efetivamente das celebrações, procissões,
teatros, retiros, gincanas, encontros diversos..., nos quais eles se sintam
sujeitos, capazes de assumir tarefas, onde eles se sintam motivados à
participação. Procurar oferecer palestras interessantes com especialistas nas
várias áreas da vida, intercâmbio ou missão entre comunidades, a comunidade
deve ser mais acolhedora e formativa, dar mais incentivo aos catequistas.
Em segundo lugar
pede-se uma reformulação dos roteiros, procurando considerar mais as realidades
atuais dos catequizandos, mais dinâmicas, mais voltados para a bíblia e a
pessoa de Jesus Cristo, tem temas repetidos, introduzir a Iniciação cristã nos
roteiros, com preços acessíveis, destacar mais os sacramentos e mandamentos.
Também falou-se que há tarefas confusas em roteiros atuais, onde não fecham as
respostas, tais como a atividade da lição O Espírito da vida nova da pág 15 e
16 do roteiro II, em que as
respostas são encontradas somente em Bíblias de tradução antiga.
Em terceiro
lugar percebe-se um foco direcionado à própria catequese como tal. Ela precisa
ser mais dinâmica, mais criativa, os catequistas melhor preparados, a pessoa
dos catequistas deve ser exemplo de vida e fé, os encontros devem ser bem
preparados, alegres e participativos, com cantos, com mais espiritualidade,
trabalhar mais os valores humanos e cristãos, ter encontros mais práticos, com
visitas a doentes, passeios, sair da rotina, com histórias e memorias. Que os
catequizandos do pós-crisma sejam chamados para auxiliar os catequistas, que
eles tenham espaços de atuação com grupos de jovens e nas pastorais e
ministérios da Igreja, usar mais símbolos, gestos, recursos da mídia, filmes,
documentários, lembrancinhas.
Diversas
avaliações insistem na espiritualidade do seguimento de Jesus Cristo. Focar a
catequese na pessoa e no projeto de Jesus, no mistério de Deus, na força do
Espírito Santo. É preciso promover encontros, retiros e experiências com Jesus.
Ter iniciativas que ajudem a criar gosto pelas coisas de Deus. Colocar para as
crianças que Jesus é o centro de
tudo e levar eles mais vezes em frente ao Santíssimo e ter momentos de oração com eles. A experiência com Jesus Cristo é algo que encanta a todos
e para levar nossas crianças e jovens a esta experiência é indispensável que o
catequista tenha vivido isso em sua caminhada, em sua vida diária. Só amamos
aquilo que conhecemos, por isso a pessoa de Jesus deve estar sempre a frente de qualquer outra lei ou
obrigação. Falta falar mais do amor que Jesus tem por todos. Adoração ao santíssimo, rezar o terço, incentivar a
infância missionária, coroinhas, pastoral da adolescência e da criança.
Sugeriu-se ainda começar a catequese mais cedo,
Lembrou-se
também de trabalhar com as famílias
que estão afastadas, com os jovens,
na luta por um mundo melhor, fortalecer e trabalhar junto com os grupos de
reflexão, relacionar a vida de Jesus com as realidades do mundo atual,
atualizar a catequese com os tempos de hoje, mostrar realidades diversas,
discutir temas da TV, dos atuais meios de comunicação, feira da catequese, dia
da família...
Síntese - Pe. Gilberto Tomazi
CORAGEM, LEVANTE-SE, PORQUE JESUS ESTÁ CHAMANDO
VOCÊ (Mc
10,46-52)
“Mestre eu quero
ver de novo”
1. Esse texto é síntese de tudo o que
foi visto pelo evangelista até aqui. É a última cura (pessoa curada nesse
evangelho). O tema do caminho é muito importante. No capítulo 8,33 “afasta-se” significa vai
para trás de mim, ou seja, siga-me! Os doze estiveram com Jesus desde o início
e ainda não sabem quem é Jesus. Bartimeu sem ter visto, segue Jesus pelo
caminho.
2. São oito as etapas (de cego a
seguidor): a) sentado, pedia esmola; b) ouve falar de Jesus; c) grita e insiste
no grito; d) larga o manto; e) larga o manto; f) dá um pulo; g) vai até Jesus;
h) expressa a sua vontade; i) decide seguir Jesus.
3. “Jesus filho de Davi” são as palavras
reveladoras de sua Fé e “tem piedade de mim” demonstram a característica
verdadeira do Messias Servo e não dominador. Filho de Davi é um título que
Jesus não gosta, mas era a ideia que o Bartimeu tinha do Senhor. Por isso não
devemos ficar apenas com as ideias que temos de Jesus! O cego teve mais fé em
Jesus do que em suas ideais. O exemplo de Bartimeu mostra a entrega e a
confiança que precisamos ter no Mestre. Não podemos colocar/impor condições
para segui-Lo.
4. A atitude de repreensão do grito por
piedade, representa a mentalidade impregnada pela lei do puro e do impuro onde
a cegueira era tida como punição divina pelos pecados.
5. Jesus subverte as coisas: manda
chamá-lo e os “verdadeiros cegos” o encorajam e dizem “levante-se”.
6. O texto revela também um aspecto
econômico quando fala da esmola. O Bartimeu passa da dependência à partilha.
Ele vê e experimenta os bens da vida de modo diferenciado.
7. O Bartimeu chama Jesus de Mestre: é a
marca clara de sua pré-disposição em seguir Jesus.
8. O seguimento é uma atitude que
implica fé.
9. O grito do pobre incomoda. Jesus
escuta o grito, pára e manda chamá-lo. Bartimeu larga tudo – manto (cf. Ex
22,25-26). Largou tudo para seguir a Jesus no Caminho do Calvário.
Largar tudo é sinônimo de CONVERSÃO. Não basta ouvir o grito/gritar. Tem que se
saber porque grita. Jesus pergunta sempre “o que queres que eu faça?” Eis
alguns aspectos da conversão que deve acontecer em nós: a) no
relacionamento com os que não são da comunidade, o máximo de abertura “quem não
é contra nós é a nosso favor” (Mc 9,38-40). b) no relacionamento com os
pequenos e excluídos, o máximo de acolhimento. Acolher as pessoas por serem de
Cristo e não ser motivo de escândalo para elas (Mc 9,41-50). c) no
relacionamento homem/mulher, o máximo de igualdade. Jesus tira o privilégio que
o homem tinha com relação à mulher e proíbe mandar a mulher embora (Mc
10,1-12). d) no relacionamento com as crianças e suas mães, o máximo de
ternura. Acolher abraçar, abençoar, sem medo de contrair alguma impureza (Mc
10,13-16). e) no relacionamento com os bens materiais, o máximo de
generosidade: “uma só coisa te falta: vai, vende tudo o que tens e dá aos
pobres” (Mc 10,17-27). f) no relacionamento entre discípulos, o máximo de
partilha: quem deixar irmão, irmã, mãe, pai, filhos, terra por causa de Jesus e
do Evangelho terá cem vezes mais (Mc 10,28-31).
10. Tornou-se modelo para Pedro, os
apóstolos e para nós que queremos seguir Jesus no caminho.
11. Na decisão de seguir Jesus está a
fonte da coragem e da vitória sobre a cruz. Pois cruz não é fatalidade nem
exigência de Deus. É conseqüência do compromisso assumido com deus, de servir aos
irmãos e de recusar privilégios.
12. A compreensão plena do seguimento de
Jesus não se obtém pela instrução teórica, mas sim pelo compromisso prático,
caminhando com Ele no caminho do serviço. Quem insiste na ideia de messias sem
cruz nunca chegará a tomar a atitude de discípulo missionário. Quem souber crer
em Jesus e fazer a entrega de si (Mc 8,35), aceitar ser o último (Mc 9,35),
beber o cálice e carregar a cruz (Mc 10,38) este, como Bartimeu, mesmo tendo ideias
não inteiramente corretas, conseguirá enxergar e seguirá Jesus no Caminho (Mc
10,52).
Este texto tem um significado
profundamente simbólico: “tendo em vista que Marcos colocou praticamente todos
os milagres de Jesus na primeira parte de sua obra, temos de nos perguntar por
que situou tal milagre precisamente neste lugar”. Os especialistas pensam, com
razão, que essa perícope tem um sentido profundo, pois Marcos, uma vez que
revelou com clareza qual é a essência da pessoa de Jesus – aquele que morrerá
na cruz e nos convida a seguir este caminho – se dá conta de que isto é tão
duro para o homem que, se Deus não nos abrir os olhos da Fé, não seremos
capazes de compreender o mistério da cruz que nos será revelado, cada vez com
mais força, a partir do capítulo 11,1. Não é casual, agora, que nesta cura do
cego, diferente da primeira (8,22-26) que forma inclusão com esta, demarcando
literária e teologicamente este fragmento, Marcos tenha acrescentado,
redacionalmente, no final do mesmo uma palavra chave “e ele o seguia pelo
Caminho”. Precisamos então, não somente que Jesus nos abra os olhos para
podermos entendê-lo quando se revela como crucificado, mas, além disso, quando
já começa a paixão, precisamos que nos abra os olhos de tal maneira que
estejamos dispostos a “segui-Lo no caminho da cruz”.
Síntese Assessor: Pe. Marcos Roberto Medeiros
Para reflexão pessoal/do grupo:
1.
Quem
é o Bartimeu em nossas comunidades, hoje?
2.
Quando
nós nos tornamos “Bartimeu”?
3.
O
que este texto tem a dizer à nossa prática catequética?
CELEBRAÇÃO DE ABERTURA
1-Abertura (Boas vindas,
objetivo do encontro)
2-
Canto de abertura: Como é bonito, Senhor.
3-
Saudação do presidente da Celebração: Irmãos e irmãs
respondendo ao chamado do Senhor nos encontramos com alegria para celebrarmos
as alegrias e esperanças de nossa catequese diocesana, bem como seus desafios,
dificuldades e necessidades. Iniciemos: Em nome do Pai...
4-
Oração: Pai de bondade,
nós vos agradecemos por estes vossos servos e servas, que de muitos modos
inspirastes e atraístes. Eles vos procuraram, e responderam ao chamado que um
dia lhes dirigistes. Por isso, Senhor, nós vos louvamos e bendizemos. Amém.
(RICA nº 82)
5-
Aclamação da Palavra:
Aleluia, aleluia, a minha alma abrirei.
Aleluia, aleluia, Cristo é meu rei.
6-
Evangelho: Mc 10,46-52
7-
Meditação: Silêncio Música:
Coragem levanta-te
Reflexão:
Reflexão:
8-
Momento de preces
– Espontâneas
Resposta:
Guiai-nos, Senhor.
9-
Motivar a Oração do Pai-nosso
10- Oração Conclusiva: Deus eterno e
todo- poderoso, sois o Pai de todos e criastes o homem e a mulher à vossa
imagem. Acolhei com amor estes nossos queridos irmãos e irmãs e concedei que
eles, renovados pela força da Palavra de Cristo, que ouviram nessa assembleia,
cheguem pela vossa graça à plena conformidade com vosso Filho Jesus. Que vive e
reina para sempre! Amém! (RICA nº95)
11-
Canto Final: Sim Eu Quero
CELEBRAÇÃO PENITENCIAL
1-
Canto de abertura: Conheço um coração
2-
Saudação inicial: A cegueira
muitas vezes é causada por nós mesmos, quando fechamos os olhos para a
realidade que vivemos, quando nos tornamos insensíveis ao outro. Com o coração
contrito pedimos perdão por nossas omissões na caminhada catequética.
3-
Pedidos de perdão: Motivar para
que se reconheçam as faltas/cegueiras da catequese.
Entram as pessoas caminhando com os
olhos vendados e nas vendas escrito os pedidos de perdão. Cada três vendas
cantamos:
Refrão: Piedade
Senhor, tem piedade. E liberta minha alma para o amor.(bis)
4-
Oração: Pai de bondade, que deste ao cego de
nascença a graça de crer em vosso Filho
e alcançar pela fé o vosso reino de luz, libertai-nos dos erros que nos tornam
cegos, e concedei-nos que de olhos fixos na verdade, nos tronemos sempre filhos
da luz. Por Cristo, nosso Senhor. Amém. (RICA nº 171)
5-
Momento de reflexão
6-
Salmo 130 (129)
Refrão: Das profundezas, eu clamo para ti: Senhor,
ouve o meu grito.
7-
Oração Conclusiva: Motivada pelo celebrante
8-
Canto Final: A ti meu Deus
CELEBRAÇÃO DE LOUVOR
1- Canto de abertura: Deixa a luz do céu entrar, deixa a luz do céu
entrar, abre bem as portas do seu coração e deixa a luz do céu entrar.
2-
Motivação: (Falar
sobre a importância de dar graças ao Pai por tudo de bom que acontece em nossa
caminhada catequética)
3-
Agradecimento: Reunidos por
microrregião, os catequistas conversam sobre as luzes que temos em nossa
catequese.
4-
Acender as velas: Um representante
de cada micro pegará uma vela maior e acenderá no círio e voltará para seu
lugar. Em sinal de comunhão e compromisso os demais catequistas acendem suas
velas e cada micro fala as luzes que descobriram.
5-
Canto: (após cada
micro falar) Por nós fez maravilhas,
louvemos ao Senhor.
6-
Meditação: Silêncio/ fala
7-
Encerrar com a Música: Iluminados e
iluminadores
8- Dentro de mim existe uma luz.