quarta-feira, 29 de julho de 2015

  METODOLOGIA DE INSPIRAÇÃO CATECUMENAL
               Pe. Antônio José de Almeida

Quais as características principais da Iniciação Cristã de Adultos? Em que a pedagogia catecumenal pode contribuir para uma metodologia catequética de inspiração catecumenal? Que indicações práticas podemos oferecer às nossas comunidades em seu esforço por introduzir ou consolidar a Iniciação Cristã bem como uma catequese com estilo catecumenal?

Priorização dos adultos. A catequese tradicional supunha a fé dos adultos, transmitida pela família e pela sociedade, consideradas cristãs. As crianças, em preparação à primeira comunhão, recebiam uma catequese nocional, abstrata, desvinculada da vida e da liturgia. Esta catequese devia servir para toda a vida. A crise civilizacional pela qual estamos passando impõe aos indivíduos novos referenciais culturais e éticos; o pluralismo religioso expõe o sujeito a um leque enorme de propostas religiosas; a fé é radicalmente provada. Diante desta situação, é urgente ajudar os fiéis a passar de um cristianismo herdado para um cristianismo assumido mediante uma opção pessoal livre e consciente. Impõe-se, então, uma ação evangelizadora missionária, centrada no sujeito, que suscite uma resposta de fé inicial e processos de amadurecimento da fé graças aos quais o simpatizante vá aprofundando sua relação com Deus e a comunidade eclesial, adquirindo convicções e assumindo valores que orientem sua vida numa sociedade que não só prescinde da fé, mas a questiona radicalmente. A catequese precisa se deslocar da criança para o adulto, da religiosidade por tradição à fé por convicção, da aceitação passiva à apropriação ativa, do mero enquadramento sociológico ao compromisso teologal.


Celebração do Dia Nacional do Catequista 30 de agosto de 2015


Educar na fé, para a paz, a justiça e a caridade

Introdução:

Este ano a Igreja no Brasil está envolvida em dois projetos interligados: a lembrança dos 50 anos da conclusão do Concílio Vaticano II e a celebração do Ano da Paz, motivado pela situação nacional e mundial, onde a violência se destaca. Ambos os projetos valorizam a vocação dos/as catequistas, que são dedicados transmissores dos valores cristãos e animadores do processo de crescimento na fé. Celebrar o Dia do Catequista é mostrar a importância desse trabalho e das pessoas nele envolvidas. A Igreja agradece a Deus por seus catequistas e convida as comunidades a demonstrar carinhosamente o reconhecimento de valor desse apostolado.

Propomos aqui uma celebração para ser integrada (simbologia, cantos, comentários...) na liturgia Eucarística ou da Palavra daquele fim de semana. Mas pode ser realizada também como encerramento de uma tarde de reflexão. O importante é comunicar a nossos/as catequistas que reconhecemos a importância de sua contribuição para a vida da Igreja e a construção de um mundo melhor.

quinta-feira, 23 de julho de 2015


Iniciação à vida cristã: protejo de evangelização da Igreja

Seminário de IVC (26)
O assessor do seminário, Pe. Eduardo Calandro, nos levou a refletir: sobre a atual sociedade em transformação, em tempos de mudança de época, em que os valores se confundem, e esta alta o ser humano desintegrado e fragmentado, necessitado de encontro pessoal, de espiritualidade que dê sentido à sua existência. Para isso, precisamos pensar urgentemente no resgate de uma catequese mistagógica.Nos dias 17 a 19 de julho, em Lages – SC, realizou-se o Seminário Regional sobre Iniciação à Vida Cristã, com a participação das 10 dioceses que compõem o Regional Sul 4 da CNBB. A diocese de Caçador participou do encontro com 5 pessoas representantes da equipe diocesana de animação bíblico-catequética.
Continue lendo em: http://diocesedecacador.org.br

quarta-feira, 8 de julho de 2015


CATEQUESE EVANGELIZADORA PARA OS DIAS DE HOJE

Edson De Bortoli[1]

1.      Mudança de época: principais desafios para a catequese e a evangelização hoje

Vivemos uma mudança de época.  Este período nos traz novos critérios para o julgamento da existência, fazendo com que o que antes era certeza, mostre-se insuficiente para responder a situações novas, deixando as pessoas desnorteadas. Tal mudança epocal tem impactos sobre a realidade, impondo novos desafios para a catequese.

a.      Individualismo
O eu é colocado como centro da realidade na qual se vive e como parâmetro único e absoluto de referência e de avaliação. Não se busca mais o bem comum, mas cada um pensa em atingir o próprio bem. Neste panorama é difícil individuar os parâmetros de referência. Somente tem valor as coisas ou pessoas pelas quais se tem um interesse individualmente.
O individualismo penetra até em certos ambientes religiosos, onde se busca a própria satisfação, deixando de lado o amor de Deus e o serviço ao outro. Oportunistas manipulam o Evangelho, voltando-o para benefícios particulares.
b.      Hedonismo
O prazer é colocado como critério último de todas as relações humanas. O prazer (que com certeza é um valor) deve ser alcançado sem fadigas e sem esforços, onde sua busca torna a cada pessoa a norma de si mesma.
c.       Indiferentismo
Nesta situação, nada tem importância. Verifica-se uma perda pelo “sentido da vida”.
Consequência da perda pelo sentido da vida é a “perda de Deus”. Entretanto, paralelamente ocorre um movimento de “retorno ao sagrado”. Este, por sua vez, associa-se ao fenômeno do “trânsito religioso”, onde as pessoas migram constantemente de uma experiência religiosa para outra, buscando respostas imediatas aos seus problemas. Já não é mais a pessoa que se coloca como servo atento de Deus, e sim ocorre a ilusão de que Deus possa estar a serviço das pessoas.
d.      Cultura midiática
As relações ultrapassam as distâncias de espaço e de tempo: forma-se a aldeia global.
Na situação atual, a troca de notícias e informações tem grande importância no processo de constituição da pessoa. Entretanto, seu excesso cria o perigo de perder-se a sensibilidade diante de episódios de injustiça. Também oportuniza a vivência de novas fantasias, por meio de uma realidade virtual que permite ao indivíduo viver como se estivesse imerso nesta realidade.
Assim, esfacelam-se as comunidades humanas dos moldes como eram conhecidas. A cultura midiática elimina do ser humano o espaço e o tempo, tirando dele o que este tinha por sua individualidade e identidade.

2.      Mudança de época: a necessidade de um novo paradigma catequético e evangelizador

O contexto acima citado faz com que os ensinamentos da Igreja já não encontrem tanta acolhida no interior das pessoas. A voz da Igreja não encontra resposta favorável no coração da humanidade. E a palavra de Deus que essa voz anuncia acaba não tendo lugar para se aninhar.
Diante deste novo panorama, como a catequese pode ser situada? Qual é o seu papel? Ela consegue ser evangelizadora?
A mudança de época e os novos desafios pastorais apresentados à comunidade eclesial exigem uma revisão global e corajosa de todo o agir pastoral catequético. Essa revisão invoca a relação entre catequese e o processo de evangelização. A evangelização torna-se uma realidade que qualifica e catalisa toda uma nova obra sistemática de catequese.

3.      A nova evangelização para a transmissão da fé (Cf. EG, n.14)

A nova evangelização interpela a todos, realizando-se fundamentalmente em três âmbitos:
a.       No âmbito da pastoral ordinária: contempla os que frequentam regularmente a comunidade, e os que conservam uma fé católica sincera e intensa, embora não participem frequentemente do culto. Esta pastoral está orientada para o crescimento dos crentes, a fim de corresponderem melhor e com toda a sua vida ao amor de Deus.
b.      No âmbito das pessoas batizadas que, porém, não vivem as exigências do Batismo, não sentem uma pertença cordial à Igreja e já não experimentam a consolação da fé. A Igreja esforça-se para que elas vivam uma conversão que lhes restitua a alegria da fé e o desejo de se comprometerem com o Evangelho.
c.       No âmbito da proclamação do Evangelho às pessoas que não conhecem Jesus Cristo ou que sempre O recusaram. Todos têm o direito de receber o Evangelho. Os cristãos têm o dever de anuncia-lo, sem excluir ninguém, e não como quem impõem uma nova obrigação, mas como quem partilha uma alegria, indica um horizonte estupendo, oferece um banquete apetecível. A Igreja não cresce por proselitismo, mas por atração.

4.      Ao redor da palavra

Na variedade das expressões, podemos falar de um consenso na Igreja atual, enquanto individua a identidade da catequese em torno de três polos de referência: a Palavra de Deus, a e a Igreja. A pedagogia catequética deve estar fundamentada na Palavra de Deus que alimenta a fé e as consequentes atitudes de fé de toda a comunidade eclesial.
De acordo com o Papa Francisco, “toda a evangelização está fundada sobre esta Palavra escutada, meditada, vivida, celebrada e testemunhada. A Sagrada Escritura é fonte da evangelização. Por isso, é preciso formar-se continuamente na escuta da Palavra. A Igreja não evangeliza se não se deixa continuamente evangelizar. É indispensável que a Palavra de Deus se torne cada vez mais o coração de toda a atividade eclesial. A Palavra de Deus ouvida e celebrada, sobretudo na Eucaristia, alimenta e reforça interiormente os cristãos e torna-os capazes de um autêntico testemunho evangélico na vida diária.” (EG, n.174)
A atividade catequética é ministério da Palavra, serviço à evangelização, comunicação da mensagem cristã e anúncio da Boa Nova festiva de Cristo. Por isso nos diz o papa que: “é fundamental que a Palavra revelada fecunde radicalmente a catequese e todos os esforços para transmitir a fé. A evangelização requer a familiaridade com a Palavra de Deus, e isso exige que as dioceses, paróquias e todos os grupos católicos proponham um estudo sério e perseverante da Bíblia e promovam igualmente a sua leitura orante e comunitária. [...] Acolhamos o tesouro da Palavra revelada.” (EG, n.175)
A catequese é momento de iniciação à vida cristã e de educação da vida cristã iniciada, mediação eclesial que favorece o amadurecimento da fé nas pessoas através das comunidades eclesiais para o serviço ao mundo. Por isso a catequese é ação e momento essencial da missão da Igreja.
Sendo assim compreendida, podemos chamar de atividade catequética toda forma de serviço eclesial à Palavra de Deus dirigida ao amadurecimento pessoal da vida cristã mediante e dentro da comunidade eclesial.

5.      Uma catequese querigmática e mistagógica


A catequese é sempre uma forma de evangelização (DGC, n.59). É um momento essencial no dinamismo evangelizador. Ela é anúncio e aprofundamento da mensagem evangélica para o amadurecimento da vida cristã, encontrando-se no centro da missão eclesial como instrumento da existência da Igreja como Sacramento do Reino de Deus para a sociedade. A noção de catequese como anúncio e aprofundamento norteia duas características evidenciadas pelo Francisco: a catequese querigmática e a catequese mistagógica.

a.      Catequese Querigmática (Cf. EG, n. 164-165)
Voltamos a descobrir que também na catequese tem um papel fundamental o primeiro anúncio ou querigma, que deve ocupar o centro da atividade evangelizadora e de toda a tentativa de renovação eclesial. Na boca do catequista, volta a ressoar sempre o primeiro anúncio: “Jesus Cristo ama-te, deu a sua vida para te salvar, e agora vive contigo todos os dias para te iluminar, fortalecer e libertar”. Este anúncio é designado como “primeiro” em sentido qualitativo, porque é o anúncio principal, aquele que sempre se tem de voltar a ouvir de diferentes maneiras e aquele que sempre se tem de voltar a anunciar, de uma forma ou de outra, durante a catequese, em todas as suas etapas e momentos.
Toda a formação cristã é, primeiramente, o aprofundamento do querigma. Este nunca deixa de iluminar a tarefa catequética e que permite compreender adequadamente o sentido de qualquer tema desenvolvido na catequese. A centralidade do querigma requer certas características do anúncio:
·         Que exprima o amor salvífico de Deus como prévio à obrigação moral e religiosa;
·         Que não imponha a verdade, mas faça apelo à liberdade;
·         Que seja pautado pela alegria, pelo estímulo, pela vitalidade e por uma integralidade harmoniosa que não reduza a poucas doutrinas, por vezes mais filosóficas que evangélicas.

b.      Catequese Mistagógica (Cf. EG, n.166-168)
Outra característica da catequese é a iniciação mistagógica, que significa essencialmente duas coisas:
·         uma necessária progressividade da experiência formativa na qual intervém toda a comunidade;
·         uma renovada valorização dos sinais litúrgicos da iniciação cristã.
O encontro catequético é um anúncio da Palavra e está centrado nela, mas precisa sempre de uma ambientação adequada e de uma motivação atraente, do uso de símbolos eloquentes, da sua inserção num amplo processo de crescimento e da integração de todas as dimensões da pessoa num caminho comunitário de escuta e resposta.

6.      A importância de uma catequese querigmática e mistagógica

Como anúncio do querigma e como iniciação mistagógica para o amadurecimento da vivência cristã, a catequese encontra-se, por isso, no coração da missão eclesial, tornando-se instrumento da existência da Igreja como Sacramento do Reino de Deus.
É incalculável o efeito benéfico da renovação da atividade catequética, desde que ela não seja concebida dentro de uma pastoral de manutenção, mas em chave promocional e transformadora, aberta à criação de novas experiências cristãs nos dias atuais. Vista em sua identidade mais profunda, a catequese constitui um momento irrenunciável, fundamental, na ação evangelizadora da Igreja.
Nossa atividade catequética encontra-se dentro de uma experiência cristã que está sendo chamada à conversão. É convidada a deixar-se interrogar pelas transformações culturais que tornaram a fé e sua transmissão problemáticas e desafiadoras. Estas transformações exigem nossa reflexão profunda e, principalmente, uma nova forma missionária de conceber o perfil da atividade catequética e de sua fundamental importância pastoral na ação evangelizadora atual. Tal atitude missionária está ligada à natureza mesma da ação catequética, que é ser como um “sacramento”, um sinal e um meio de operar a união íntima com Deus e a unidade de todo gênero humano.
A catequese deve ser um sinal eficaz da salvação que Deus quer ao gênero humano. Apresenta-se não como aquela que diz que Deus salva, mas como o sinal em atos da própria salvação de Deus.

7.      Considerações finais

Não devemos entender a atual prática catequética como uma “ruptura” ou uma “inovação”, mas sim como uma “renovação” do processo de transmissão da fé que deve ser sempre vivo e dinâmico. Neste sentido de “renovação”, a catequese é ação fundamentalmente de “conversão pastoral”. A evangelização no mundo atual depende da capacidade de “repensar” e executar de maneira nova a atividade catequética. Neste cenário a Iniciação à Vida Cristã descortina-se como tarefa fundamental da atual atividade catequética.


REFERÊNCIAS BÍBLIOGRÁFICAS

CARMO, S. M. Desafios da catequese no cenário da pós-modernidade. Vida Pastoral, São Paulo, ano 51, p.16-24, Maio-Junho de 2010.

COMISSÃO EPISCOPAL PASTORAL PARA A ANIMAÇÃO BÍBLICO-CATEQUÉTICA. Itinerário catequético. Brasília: Edições CNBB, 2014.

FRANCISCO. Exortação Apostólica Evangelii Gaudium. Brasília: Edições CNBB, 2013.



[1] Bacharel em Filosofia pela Faculdade São Luiz (FSL) em Brusque. Atualmente é acadêmico do 3º semestre de Teologia pela Faculdade Católica de Santa Catarina (FACASC).

terça-feira, 7 de julho de 2015


Famílias, catequizandos e catequistas da Paróquia São Francisco de Assis, em busca de uma catequese que leve ao verdadeiro encontro com Jesus.
A busca do encontro cada vez mais íntimo e profundo com Cristo deve, ao mesmo tempo, se tornar um encontro onde as pessoas apreendam a se tornar sensíveis ao sofrimento sobretudo, dos mais pobres e marginalizados.
O encontro pessoal com Jesus e com o Evangelho requer aprofundamento, não só do conhecimento teórico, mas de uma adesão pessoal e profunda experiência com o Mestre de Nazaré, que nos leve a sermos verdadeiros discípulos e seguidores da Boa Nova.
Buscando envolver mais as famílias no processo catequético, realizou-se no dia 06 de julho, na catedral S. Francisco, um encontro com as famílias dos catequizandos da primeira eucaristia. 

Na oportunidade, as catequistas da primeira eucaristia refletiram com os pais sobre a missa passo por passo e sobre a importância dos símbolos e objetos litúrgicos utilizados na celebração eucarística. O encontro proporcionou um momento de partilha e aprofundamento litúrgico.
Suzana Boiko
Pela Coordenação Paroquial



Festa Junina da catequética





No dia 27de junho de 2015, na Paróquia Imaculada Conçeição de Fraiburgo, realizou a confraternização da catequese, com a festa Junina, contamos com a presença dos catequistas e seus familiares a festa foi organizada pelos coordenadores paroquiais de catequese. A programação estabelecida foi a seguinte:  Santa Missa na Matriz as 19h, seguindo a confraternização no salão paroquial, o momento foi bem animado, com danças típicas, a tradicional dança da quadrilha, casamento caipira, pipoca, quentão paçoca de pinhão, pé de moleque, maçã do amor, doces salgados... tudo partilhado pelos catequistas. Nos divertimos muito.

Helena  M. Correa 
Pela Coordenação  Paroquial

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