Ano
da Misericórdia
Praticar
as obras de misericórdia
Lembramos o importante
sentido da peregrinação nesse Ano Santo, como expressão da nossa própria vida e
como jeito de ser igreja, como povo de Deus peregrino. Recordávamos ainda que o
perdão e a gratuidade são lugares de passagem obrigatórios.
Esse Ano da
misericórdia nos convoca ainda a contemplar o rosto do Cristo, sofrido e
abandonado nas pessoas que estão nas periferias sociais e existenciais de nosso
tempo. O nosso modo de viver, influenciado pelo capitalismo, é individualista,
apegado e inseguro. Não nos enganemos! Essa é a espiritualidade que o sistema
capitalista exige: competição e acúmulo. Por isso crescem assustadoramente a
violência e os extremismos. Anestesiados na indiferença temos dificuldade de
perceber o sofrimento das pessoas, por vezes bem próximas de nós. “Quantas
feridas gravadas na carne de muitos que já não têm voz, porque o seu grito foi
esmorecendo e se apagou por causa da indiferença dos povos ricos. Em cada um destes
mais pequeninos está o próprio Cristo (MV, 15)”.
Nesse contexto,
recuperemos a simplicidade da vida e os gestos de misericórdia, pessoais e
comunitários. Não nos esqueçamos das perguntas que o Senhor nos fará no juízo
final: estive com fome, com sede, nu, preso, doente, estrangeiro, e me destes
de comer, beber, me visitaste e me acolheste! (Cf. Mt 25, 31-45).
A vida moderna se tornou
burocrática e sem sentido. As boas obras nos salvam da frieza e do
distanciamento a que somos quotidianamente tentados a viver das pessoas.
Relacionamentos intensos e verdadeiros na vida de comunidade nos ajudarão no
caminho de saída das seguranças e da zona de conforto. Ao entardecer desta
vida, examinar-nos-ão no amor, nos ensinou São João da Cruz.
Qual obra de
misericórdia você pode assumir como compromisso nesse Ano Santo? E na sua
comunidade como elas estão acontecendo?
Pe.
Márcio Martins Rosa
Paróquia Cristo
Redentor – Caçador/SC
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