Os
Santos de junho e a religiosidade popular
No mês de junho, a
religiosidade popular se fortalece em nossas comunidade de fé. No
dia 13 celebramos Santo Antônio, no dia 21 São Luiz Gonzaga, no dia 24 São
João Batista e no dia 29 São Pedro e São Paulo. A denominação de santos
“populares” é tradicional no Brasil. A devoção a Santo Antônio, estimulada pela
fama de inúmeros milagres, tem sido ao longo dos séculos objeto de grande
devoção popular por todo o mundo. É um dos santos de maior devoção de todos os
povos. Santo Antônio, é para o mundo católico o santo “milagreiro”,
“casamenteiro”. As festas populares de Santos como Antônio, João Batista, e
Pedro e Paulo, entre outros, trazem consigo momentos devocionais carregados de
significado para o povo brasileiro.
As festas populares são manifestações coletivas da
crença de um povo ou comunidade de fé. Quando falamos de religiosidade, referimo-nos
a um conjunto de práticas simbólicas de raiz popular (no sentido em que se
distinguem das produções religiosas dos “intelectuais” e das instituições que
regulam o campo religioso) e se referem a significados que transcendem a
própria comunidade mas a identificam enquanto tal. Trata-se, pois, de fenômenos
culturais integrados no quadro de significações que as comunidades produziram
na sua interação secular (por isso se tornou corrente falar, também, de
religiosidades tradicionais).
A atenção especial aos sinais da natureza como a
água, a terra, a luz, o céu fascinou desde sempre as pessoas. A religiosidade
popular, pode servir, no caso da Igreja Católica, para compreender melhor a
utilização de sinais e gestos simbólicos que expressam uma componente
profundamente humana e religiosa. Por isso, tem sido sempre chamada a atenção
para uma verdadeira integração entre a liturgia e a piedade popular, como
aconteceu na liturgia da Igreja dos primeiros séculos, com algumas celebrações,
e na liturgia romana da Idade Média, com as procissões, ladainhas e outros
ritos, assumidos em forma de culto.
Jesus convidou apóstolos para serem suas
testemunhas, e eles se tornaram anunciadores da boa notícia do reino, passando
adiante esta experiência de fé e fazendo novos seguidores. Os santos são
testemunhas de que nós também podemos nos tornar seguidores de Cristo. Vivemos
em um mundo marcado pela confusão em torno do sagrado e pela carência de sinais
de santidade. Busquemos, no exemplo e na vida dos santos, força e perseverança
na busca de uma vida mais digna, a caminho do reino eterno.
Regiane D. Freire
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